Epistemologia da reciprocidade. O que não podem mostrar as relações sociais

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STÉPHANE V VINOLO

Resumo

Tanto a antropologia clássica como a estruturalista, por meio de Mauss e Lévi-Strauss, valoraram positivamente o sistema de doação tal como foi analisado no conceito de potlatch, que supõe que cada um devolva o que em algum momento recebeu para que possa circular o reconhecimento social dentro das sociedades humanas. Este sistema  de doação obedece a leis rigorosas, conforme as quais não se pode devolver nem muito mais nem muito menos do que se recebeu. A reciprocidade da doação deveria, para ser pacífica, ser totalmente simétrica. Embora, mostra-se aqui que o sistema de doação não pode ser totalmente simétrico já que seria semelhante demais ao sistema da circulação mimética e simétrica da violência tal como aparece no sistema da vingança. A reciprocidade é a condição de possibilidade da estabilidade social e sua condição de impossibilidade. Só o conceito derridiano de “différance” permite manter a necessidade da presença da reciprocidade, mas se pensa esta presença como ausência com o fim de se proteger da dinâmica da violência mimética.

Palavras-chave:
Reciprocidade epistemologia violência mimetismo diferença

Referências

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Biografia do Autor

STÉPHANE V VINOLO, Universidad Técnica Particular de Loja

Doctor en Filosofía y Senior Lecturer en la Regent´s University London en Inglaterra, en la que es miembro del Regent´s Center for Transnational Studies. Para el semestre de otoño 2014, es becario del programa Prometeo de la Senecyt en Ecuador y docente-investigador en la Universidad Técnica Particular de Loja. Autor de varios libros  y artículos, es especialista de filosofía francesa contemporánea y de filosofía del siglo XVII. Loja-Ecuador.